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Foto do escritorUstane Moreira

Estresse e solidariedade com a dor do outro

Quando a dor do outro torna-se a sua dor.


Por que falar sobre dor e pensar no quanto é possível ser solidário com quem está doente sem comprometer a própria saúde mental?


Como lidar com o estresse e não adoecer junto àquele que está doente?


Que estratégias utilizar para preservar a saúde mental?


Quando se pensa em saúde mental há que se levar em conta a possibilidade de que cada pessoa apresenta uma maneira própria para lidar com situações de estresse no dia a dia. A palavra estresse é frequentemente associada a sensações de desconforto e, a depender do contexto em que está inserido – seja familiar, social, laboral e pessoal – ao lidar de forma contínua com situações estressoras como sentimentos que desencadeiam tensão, ansiedade, medo, perigo ou ameaça, tem um impacto significativo na saúde do indivíduo.


Embora o organismo de uma pessoa necessite do estresse como meio para lidar com algum tipo de pressão no dia a dia, seja para escapar de algum perigo, seja para sair de sua zona de conforto, quando esse se mostra continuamente elevado, a probabilidade de desenvolver algum tipo de doença é aumentada, e se o alerta dado pelo organismo não for percebido em tempo hábil, pode levar ao adoecimento, seja físico ou mental, ou os dois juntos.


Há que se ressaltar que o estresse é uma reação normal do organismo quando o sujeito vivencia situações de perigo e ou ameaça, para protegê-lo. Todavia, há duas formas de estresse às quais deve-se dar a devida atenção: o estresse agudo e o estresse crônico.


O estresse agudo, que é aquele que surge de forma intensa e tem curta duração, serve de alerta a pessoa para reagir diante de uma situação ameaçadora ou perigosa, como por exemplo, correr ou, não se aproximar de um cachorro zangado.


Já o estresse crônico, ao qual se deve dar a devida importância, é o que tende a surgir de forma suave, mas é o que pode gerar comprometimentos sérios ao indivíduo, com o passar do tempo, se forem ignorados.


Saber reconhecer e lidar com situações estressoras é um dos passos para preservar a saúde mental. E para isso, reconhecer as fases pelas quais o estresse pode ser percebido é necessário para que saiba como encontrar estratégias para lidar com os agentes estressores e sem se deixar envolver por ele.


O estresse possui três fases: a de alerta, a de resistência e a de exaustão. Reconhecer cada uma delas exige autoconhecimento para que saiba o que fazer e uma boa percepção às reações de seu corpo.


A fase de alerta é aquela em que o sujeito percebe o agente estressor como, por exemplo, a presença do cachorro zangado, e evita se aproximar dele para não ser atacado. Essa fase é rápida e de curta duração. No exemplo citado, como providência a ser tomada, a pessoa pode correr e se proteger em algum lugar e comunicar às autoridades para que resgate o animal e tome as providências necessárias para proteger a público local.  Na fase de alerta, o organismo do indivíduo pode reagir apresentando sudorese, boca seca, mãos frias, tensão, pressão sanguínea elevada, roer as unhas, ranger os dentes, entre outras. Ou seja, nesta fase, o organismo dá um alerta para que o sujeito reaja imediatamente evitando ou escapando do perigo.


A fase de resistência é aquela em que o sujeito já foi alertado, mas não deu a devida importância aos alertas iniciais para tomar as providências necessárias. O organismo, então, na tentativa de encontrar um equilíbrio, emite sinais através do corpo e da mente como uma forma de dizer que alguma coisa está errada e que a pessoa ou reage agora ou ficará doente. Nesta fase, o indivíduo pode se apresentar irritadiço, queixar-se de que sua memória não está boa, que se sente cansado, que qualquer coisinha o faz chorar, que não sente mais prazer em fazer as coisas de que gostava etc. Ou seja, o seu organismo, na tentativa de resistir aos eventos estressores, manifesta sinais de que precisará tomar uma atitude para não piorar a situação.


A fase de exaustão, por sua vez, é aquela que ocorre após o organismo da pessoa já ter tentado alertar e resistir aos agentes estressores. Nessa fase as doenças se instalam e tendem a levar o sujeito a se afastar do convívio social, laboral e até mesmo familiar. É aqui que doenças como depressão, burnout, diabetes, esgotamento físico e mental surgem. O sujeito, por não ter encontrado maneiras adequadas de lidar com a situação acaba se exaurindo.


Como lidar com o estresse
Estresse

Mas o que fazer para não chegar à fase de exaustão?


Que estratégias utilizar para lidar com o estresse?


O que a dor do outro tem a ver com o modo que se lida com o estresse?


Encontrar uma válvula de escape para lidar com as dificuldades do dia a dia é necessário para prevenir e saber como controlar os agentes estressores. A regrinha básica se mantém: alimentação saudável, atividade física regular e autoconhecimento emocional.


Seja em que contexto for, em algum momento da vida, uma pessoa poderá se encontrar na condição de cuidador de uma outra pessoa, e isso acaba por ser cansativo e estressante. Seja enquanto profissional de saúde ao trabalhar diretamente nos cuidados de um paciente internado em um hospital, por exemplo, seja em casa, ao cuidar de um parente, ou, até mesmo no convívio social, quando é necessário estar com pessoas que estão passando por algum tipo de sofrimento, estar emocionalmente bem, contribui para ampará-lo quando ele mais necessita. Nesses momentos, buscar formas adequadas de reconhecer o que mexe com você e, portanto, o que é seu e o que é do outro, permite ao cuidador separar a sua própria dor daquela que pertence somente ao outro.


o que está fora do meu controle
Estresse e a dor do outro - o que está fora do meu controle

Cada indivíduo tem uma forma única de lidar com o que sente. Portanto, não é possível que outra pessoa tome o seu lugar e seja responsável por lidar com o que é do outro. Ao conseguir fazer essa diferenciação, a pessoa sã conseguirá se solidarizar com o sofrimento do outro, para conseguir estar ao dele e ajudá-lo sem que adoeça também. Se todos que convivem em um mesmo espaço adoecem juntos, do ponto de vista prático, pode haver um impacto negativo nos diversos setores da vida, entre os quais, financeiro, social, laboral e de aprendizado.



O lque está sob o meu controle
Estresse e a dor do outro - o que está sob o meu controle

Por isso, busque se conhecer para saber até onde é capaz de ir e o que será capaz de fazer para lidar com as adversidades que surgirem da melhor forma possível. Cuide de sua saúde física a partir de uma alimentação variada e nutritiva; faça atividades físicas regulares para estimular o seu corpo e o seu cérebro; garanta uma boa qualidade de sono e horas adequadas de descanso; dedique tempo para o lazer e o relaxamento. Pratique o autoconhecimento, aprenda a olhar para si mesmo e reconhecer aquilo que te faz bem ou mal e encontre alternativas para lidar com aquilo que te prejudique. Quando diante de pessoas que não estão bem, aprenda a acolher sem julgar, sem preconceito social, busque entender o outro sob a ótica dele e não a partir da sua – você não é Deus. Respeite-se e respeito o outro.


O que fortalece o desenvolvimento pessoal de um indivíduo é a sua constante busca pela evolução e aprendizado. Pratique o autoconhecimento. Busque sempre se informar. Para lidar com o estresse e ser solidário com a dor do outro é necessário estar bem consigo mesmo.

 

Ustane Moreira

Psicóloga: CRP 04/14.823

Instagram: @terapiaarteesaude

TikTok: @terapiaarteesaude

Meu link no Terapia, Arte e Saúde: https://terapiaarteesaude.com//profile/ustane


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